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O contexto histórico

40 anos da greve da PATCO - Parte 2

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Publicado originalmente em 4 de agosto de 2021

'O padrão de vida do trabalhador americano tem que diminuir'. -Paul Volcker

'Carter deu a sua ordem. Que ele venha até aqui para nos fazer cumpri-la'. - Os mineiros de carvão do estado da Virgínia Ocidental ao Bulletin

'Há uma questão essencial que surge da falência da Chrysler: Quem deve pagar pela crise do sistema de lucro capitalista, a classe trabalhadora ou as grandes empresas?' - Bulletin

Entre 1968 e 1975, uma série de crises econômicas e políticas abalou o capitalismo mundial. Países capitalistas avançados viveram ondas de greves massivas que, na França em 1968, atingiram proporções revolucionárias. Em 1974, uma greve dos mineiros de carvão expulsou o governo de Tory Heath do poder no Reino Unido. As ditaduras de direita caíram em Portugal e na Grécia.

Comício de grevistas da PATCO da área de Nova York em East Meadow, Long Island (WSWS Media)

A crise do capitalismo americano estava no centro da crise mundial. Em 1975, a guerra imperialista dos EUA no Sudeste Asiático terminou com a sua humilhante derrota após a queda de Saigon. No ano anterior, o presidente Richard Nixon foi forçado a renunciar ao cargo pelo caso Watergate, conectado ao desastre no Vietnã.

O enorme custo financeiro da Guerra do Vietnã acelerou o declínio do capitalismo americano e o esgotamento das reservas em ouro dos EUA. Foi em resposta a essa crise que, em agosto de 1971, exatamente 50 anos atrás neste mês, Nixon retirou unilateralmente a conversibilidade direta do ouro em dólar. Isso não impediu o enfraquecimento do capitalismo americano em relação aos seus principais rivais europeus e asiáticos, e ajudou a impulsionar a alta inflação e o baixo crescimento econômico que caracterizaram os anos 1970.

Assim como em vários outros países, os EUA vivenciaram um aumento das greves nos anos 1970. Um milhão de trabalhadores ou mais estiveram em greve todo ano entre 1969 e 1978, com os primeiros anos da década de 1970 testemunhando as lutas mais intensas dos trabalhadores. As greves se multiplicaram nos EUA, atestadas pelo Bulletin, o jornal da Liga dos Trabalhadores e predecessor americano do World Socialist Web Site. Os repórteres do Bulletin cobriram centenas dessas lutas. A Liga dos Trabalhadores lutou intensamente ao longo dos anos 1970 para mobilizar os trabalhadores contra a burocracia sindical e as suas políticas de colaboração de classe e de apoio ao Partido Democrata pró-empresarial.

O papel proeminente desempenhado pela Liga dos Trabalhadores contrastou fortemente com a indiferença dos grupos de protesto radicais, que chamavam os trabalhadores americanos de pró-imperialistas e racistas, e rotulavam freqüentemente os sindicatos 'fundos trabalhistas de homens brancos'. O meio dos radicais de classe média vinha se deslocando para a direita desde o declínio do movimento de protesto contra a Guerra do Vietnã no início dos anos 1970, adotando as políticas de estilo de vida e identitária e todas as formas de preconceito contra a classe trabalhadora.

A inflação desempenhou um papel importante no aumento das greves nos anos 1970 conforme os trabalhadores se esforçavam para manter o poder de compra dos seus salários diante do aumento dos preços. Em certa medida, os trabalhadores conseguiram acompanhar a inflação. Algumas vezes, eles conseguiram aumentos salariais superiores à taxa de inflação, como o aumento de 30% ao longo de três anos conquistado pelos trabalhadores siderúrgicos em 1971. Embora a burocracia da AFL-CIO tivesse impedido que essas lutas se transformassem num desafio político ao sistema de dois partidos, do ponto de vista do capitalismo dos EUA, a situação era intolerável.

Paul Volcker, um executivo do banco Chase Manhattan apontado pelo presidente democrata Jimmy Carter para chefiar o conselho do banco central dos EUA (Federal Reserve ou Fed) em 1979, apresentou sucintamente a posição da classe dominante quando declarou naquele ano: 'O padrão de vida do trabalhador americano tem que diminuir'.

Jimmy Carter assina lei de desregulamentação de 1978. Edward Kennedy está atrás dele à direita (Fonte: Wikimedia/White House)

A 'terapia de choque' de Volcker sobre a taxa de juros, elevando a taxa básica de empréstimos do governo federal para mais de 20%, visava interromper a espiral inflacionária e minar a combatividade da classe trabalhadora, criando desemprego em massa. O Fed, agindo em nome da administração Carter e da classe dominante americana, passou a forçar deliberadamente o fechamento de grandes setores da manufatura estadunidense que não eram mais lucrativos. Mais de 6,8 milhões de empregos foram perdidos com o fechamento de fábricas entre 1978 e 1982. Cidades e regiões inteiras – principalmente aquelas associadas à produção em massa e sindicatos industriais – foram devastadas, incluindo grande parte do Meio-Oeste industrial.

Entretanto, conforme a experiência havia ensinado, alterar as condições econômicas em detrimento dos trabalhadores não era suficiente. A tentativa de Nixon de impor controles salariais em 1971 não conseguiu conter as greves dos anos 1970. A elite dominante procurava uma derrota clara e decisiva do movimento trabalhista. O objetivo era intimidar e enfraquecer a classe trabalhadora e encorajar a indústria privada a lançar uma campanha de fechamento dos sindicatos.

A batalha precisava ser escolhida cuidadosamente. Na greve dos mineiros de carvão de 111 dias de 1977-1978, Carter tentou impor uma ordem de retorno ao trabalho sobre o sindicato dos mineiros, UMWA, com base na lei Taft-Hartley. Os mineiros desrespeitaram a ordem, queimando cópias do documento de Carter nos piquetes.

'Carter deu sua ordem', disseram os trabalhadores ao Bulletin. 'Que ele venha até aqui para nos fazer cumpri-la'. Outra frase comum durante a greve desafiava a lei Taft-Hartley e Carter. O presidente foi humilhado e perdeu a confiança da classe dominante, que transferiu seu apoio decisivamente para Ronald Reagan nas eleições de 1980.

Um alvo diferente era necessário. De fato, apenas semanas antes da luta da PATCO, quando os membros do UMWA iniciaram novamente uma greve nacional em abril de 1981 – rejeitando por uma grande margem um contrato com concessões imposto pelo sindicato – a nova administração Reagan não invocou a lei Taft-Hartley nem interveio diretamente. A greve de 160 mil trabalhadores durou 72 dias, com os operadores da Associação de Operadores de Carvão Betuminoso (BCOA) recusando qualquer alteração da oferta rejeitada pelos mineiros. No fim, os mineiros ganharam pequenas concessões dos operadores.

Reagan não interveio contra os mineiros porque os preparativos para fazer da PATCO um exemplo já estavam bastante avançados. A organização era nova, pequena e relativamente isolada.

Mineiros do estado do Kentucky seguram jornais do Bulletin chamando pela rejeição do contrato com concessões em fevereiro de 1978 (WSWS Media)

A Ordem Executiva 10988, emitida pelo Presidente John Kennedy em 1962, havia permitido que os funcionários públicos federais criassem organizações, e a lei de reforma do serviço público de 1978 havia lhes concedido direitos de negociação coletiva. Até 1968, os controladores de tráfego aéreo pertenciam a uma associação nacional de funcionários públicos chamada NAGE. Naquele ano explosivo, alguns trabalhadores, cansados das más condições de trabalho e da incapacidade da NAGE de melhorar elas, fundaram a PATCO. As paralisações e abstenções demonstraram a potencial força da nova organização, e em março de 1970 – ao mesmo tempo em que ocorria uma greve massiva de trabalhadores dos correios nos EUA – a PATCO realizou um mês de abstenção por licença.

Em 1976, a PATCO havia atingido a maior densidade sindical de todos os sindicatos do setor federal. Os seus 13.681 membros representavam 85% da força de trabalho elegível. A maioria dos membros da PATCO possuíam históricos como militares e, antes disso, na classe trabalhadora. Joseph McCartin, um historiador da greve de 1981, descobriu que muitos pais dos líderes da greve haviam sido membros de sindicatos, e, quando jovens, tiveram experiências em greves. [1]

Nos anos anteriores, uma série de inovações tecnológicas, em função do avanço da tecnologia de informática, foram implantadas pela FAA e dominadas pelos controladores de tráfego aéreo. Coletivamente, essas inovações tornaram as viagens aéreas mais seguras. Elas tinham o potencial de reduzir a demanda de mão-de-obra de controle de tráfego aéreo por vôo, mas não tornaram o trabalho mais simples. Os controladores foram necessários para a implantação e o refinamento das novas tecnologias. Os sistemas de computador falhavam com frequência – 6.651 vezes somente em 1979. [2]

O controle de tráfego aéreo foi e continua sendo um dos trabalhos mais difíceis e mais estressantes no mundo. A qualquer momento, um único controlador de tráfego aéreo pode ser responsável por dezenas de vôos que transportam milhares de passageiros entrando e saindo de múltiplas trajetórias, em aviões com diferentes modelos, cada um operando em sua própria agenda de vôo. Esses vôos podem estar operando ao longo de dezenas ou centenas de milhares de quilômetros quadrados em condições meteorológicas muito diferentes e sobre uma infra-estrutura totalmente diferente. Trata-se de um campo extraordinariamente técnico.

Um estudioso da profissão se referiu ao trabalho como um 'jogo de xadrez tridimensional', citando um resumo do trabalho dos controladores feito pela revista Smithsonian: 'Os controladores utilizam os talentos analíticos de um grande mestre do xadrez, os cálculos mentais de um matemático e a linguagem técnica de um despachante da polícia. Eles são ensinados a desempenhar as suas funções com a confiança de um toureiro'. [3]

A desregulamentação nas companhias aéreas, impulsionada pelo presidente Jimmy Carter e pelo senador Edward Kennedy, ambos democratas, minou o sistema ponto a ponto de tráfego aéreo. Ele foi substituído pelo sistema centralizado “hub-and-spoke”, aumentando o estresse no local de trabalho dos controladores nos aeroportos centrais. Simultaneamente ao aumento do estresse e da carga de trabalho, os controladores de tráfego aéreo tiveram seus salários corroídos pela inflação dos anos 1970. Em geral, os trabalhadores federais tiveram um declínio de 3,1% de salários em termos reais a cada ano, de 1973 a 1981. [4]

Antes das eleições presidenciais de 1976, a PATCO procurou negociar o seu apoio político ao republicano Gerald Ford em troca de um tratamento favorável. Rejeitada, a organização apoiou Carter em 1976. Porém, Carter apenas piorou as condições, com os controladores vendo a erosão da aposentadoria antecipada e uma queda nos salários reais. No início de 1980, a administração Carter começou a fazer planos elaborados para lidar com o sindicato dos controladores de tráfego aéreo. A PATCO estava ciente de que Carter a tinha como alvo e, por essa razão, apoiou Reagan à presidência após ele assegurar ao sindicato que responderia às suas queixas.

Pouco antes das eleições de 1980, Reagan escreveu ao presidente da PATCO, Robert Poli: 'Você pode ter certeza que, se eu for eleito presidente, tomarei as medidas necessárias para fornecer aos nossos controladores de tráfego aéreo o equipamento mais moderno disponível e ajustar o quadro de funcionários e os dias de trabalho para que alcancem um grau máximo de segurança pública'.

É claro que Reagan estava mentindo.

Porém, os planos de Carter-Reagan para a PATCO não poderiam ter sido cumpridos sem a cooperação do 'trabalho organizado'. Os sindicatos já haviam deixado claro ao longo dos anos 1970 que não organizariam uma luta séria contra o fechamento de sindicatos ou o corte de salários. Eles o fizeram através de seu compromisso e envolvimento cada vez mais ativo em vários esquemas para garantir a competitividade americana. Nesse aspecto, o resgate da Chrysler de 1979 foi um marco.

O sindicato dos trabalhadores automotivos, o United Auto Workers (UAW), então um dos sindicatos mais poderosos dos EUA, aprovou concessões salariais e de benefícios a fim de assegurar um empréstimo do governo para evitar que a Chrysler falisse. O UAW disse aos trabalhadores que essa era uma concessão única para a empresa, tornada necessária por circunstâncias extraordinárias. O sacrifício dos trabalhadores devolveria rentabilidade à empresa e, com isso, o salário perdido seria devolvido. Conforme a Liga dos Trabalhadores advertiu na época, a traição do UAW na Chrysler foi o início de uma política de concessões, que se intensificaram desde então.

O Bulletin escreveu em 1979: 'Há uma questão essencial que surge da falência da Chrysler: Quem deve pagar pela crise do sistema de lucro capitalista, a classe trabalhadora ou as grandes empresas? É claro que a resposta das grandes empresas, dos bancos, dos democratas, da administração Carter e da burocracia do UAW é a classe trabalhadora'.

Trabalhadores da Dodge Main em comício massivo para protestar contra o fechamento da fábrica em janeiro de 1980 (WSWS Media)

O papel da administração Carter em fazer os trabalhadores do setor automobilístico pagarem pelo resgate da Chrysler expôs o fato de que o Partido Democrata não poderia ser pressionado a garantir os interesses dos trabalhadores. A sua ala liberal, liderada pelo Senador Edward Kennedy de Massachusetts, desempenhou um papel fundamental no corte de salários e condições. Foi Kennedy quem liderou a campanha para a desregulamentação das indústrias de caminhões e linhas aéreas, cujas conseqüências contribuíram para levar os trabalhadores da PATCO à luta.

Mais tarde, os membros da administração Carter assumiram publicamente a responsabilidade pela operação de fechamento da PATCO. O plano foi elaborado no início de 1980 por Langhorne M. Bond, indicado por Carter para chefiar a FAA, e Clark H. Onstad, conselheiro-chefe da FAA e também indicado por Carter. Em 1978, Onstad já havia começado a trabalhar em planos para ilegalizar uma greve da PATCO em discussões com Philip B. Heymann, procurador-geral adjunto de Carter encarregado da divisão criminal do Departamento de Justiça.

A rapidez com que a FAA trouxe controladores substitutos sob Reagan é uma prova desses avançados preparativos. No início da greve, a academia da FAA na cidade de Oklahoma ampliou subitamente a sua turma de 70 para 1.400 alunos. Ray Van Vuren, diretor de operações da FAA, disse durante a greve: 'Eu sabia que tínhamos (controladores) demais mesmo antes da greve, mas era impraticável tentar simplificar a força de trabalho por causa da prevista resistência do sindicato'. Se os controladores não tivessem entrado em greve, eles teriam enfrentado até 3 mil demissões.

Grevistas da PATCO em passeata em Washington (WSWS Media)

'O planejamento incrivelmente detalhado [prosseguiu] por mais de um ano porque sabíamos que a greve iria acontecer', disse Onstad ao New York Times durante a greve. O Times observou: 'Os funcionários da administração Reagan prepararam e colocaram em prática com entusiasmo os planos elaborados pela primeira vez na administração Carter'.

Esses planos não podem ser explicados por causas puramente fiscais. Conforme os trabalhadores da PATCO observaram, haveria custos enormes associados ao treinamento de milhares de novos controladores, sem contar os danos resultantes à economia pela restrição dos vôos comerciais. A administração Reagan acabou investindo cerca de US$ 2 bilhões apenas para o treinamento de novos controladores.

As demandas dos controladores, que geralmente eram retratados na mídia como privilegiados, mimados e arrogantes, envolviam preocupações genuínas de segurança para os passageiros. É verdade que os controladores da PATCO eram melhor remunerados do que a maioria dos trabalhadores nos EUA. O salário médio de um controlador em um aeroporto movimentado era de US$ 32 mil. Em instalações movimentadas, com horas extras, os controladores podiam ganhar até US$ 56 mil. [5] Porém, eles realizavam um trabalho difícil, complexo e altamente estressante que carregava imensas responsabilidades pela vida e segurança das pessoas.

Em discussões com repórteres do Bulletin, os grevistas da PATCO sempre disseram que foram obrigados a iniciar a greve porque a falta de pessoal e outras políticas da FAA haviam elevado o nível de estresse do seu trabalho ao limite. Os trabalhadores apontaram a duração e intensidade dos turnos de trabalho, aumentando desnecessariamente o seu estresse ocupacional.

As condições de trabalho levaram muitos à aposentadoria antecipada por razões de saúde. 'Nosso trabalho é separar os aviões', disse o controlador do Aeroporto Metropolitano de Detroit, John Neece, ao Bulletin. 'Nós os impedimos de colidir. Você nunca se acostuma... Nos 12 anos que estou aqui, vi uma pessoa sair com uma aposentadoria normal e 20 saírem com problemas médicos – úlceras, nervos, problemas cardíacos. Tenho 38 anos agora e provavelmente não vou conseguir chegar até a aposentadoria. Se você sair com uma licença médica, eles te dão apenas 40% do seu salário e dizem para você dar o fora... O que estamos fazendo é como um xadrez tridimensional. Porém, neste jogo, quando é xeque-mate, é o fim pra você'.

'Não temos intervalos', explicou Tom King, controlador de tráfego aéreo de Oakland, a um repórter do Bulletin. 'Trabalhamos oito horas seguidas. Nós só comemos trabalhando. Não temos um aquecedor ou um ar condicionado'.

'Eu conheço uma pessoa em oito anos que se aposentou normalmente daqui', disse outro grevista de Detroit, Bud Pierce. 'Quando chego em casa à noite, levo duas ou três horas para poder relaxar'. Eles fazem turnos rotativos para que você saia daqui às 10 da noite e tenha que estar de volta às 7 da manhã no dia seguinte'.

Piquete da PATCO na sede da FAA em Cleveland, estado de Ohio (WSWS Media)

Um estudo que saiu nos primeiros dias da greve, publicado no New York Times, concluiu que os controladores de tráfego aéreo dos EUA trabalhavam muito mais horas por semana, e dias por ano, do que os seus pares em outros países industrializados, apesar do fato de que os volumes de tráfego nos EUA eram tipicamente muito maiores. No Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Suécia, Áustria, França, Suíça, Alemanha Ocidental, Dinamarca e Noruega, os controladores trabalhavam em média 35 horas por semana. Nos EUA, a média era de 40. Nesses 10 países, os trabalhadores tinham em média 32 dias de férias por ano, e tipicamente entre meio ano e um ano de licença médica remunerada. Os controladores americanos tinham em média 19 dias de férias e só podiam tirar 13 dias de licença médica remunerados.

As negociações com a administração Reagan sobre essas e outras demandas nos primeiros meses de 1981 não produziram resultados significativos. Isso foi intencional. A Casa Branca tinha a intenção de forçar uma greve. A PATCO defendeu um contrato que teria trazido US$ 700 milhões em custos adicionais para a FAA. A FAA de Reagan não financiaria mais do que US$ 40 milhões.

O líder do sindicato, Robert Poli, aceitou a oferta, mas a base a rejeitou por um voto esmagador de 95% pelo 'não', de 13.495 a 616. Os trabalhadores exigiam uma semana de trabalho de 32 horas e um aumento de 30% no salário. A base ordenou o retorno de Poli à mesa de negociação. [6]

Continua.

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Referências

[1] McCartin, Joseph Anthony. Collision Course: Ronald Reagan, the Air Traffic Controllers, and the Strike that Changed America, 2013: 156; Nordlund, Willis J. Silent Skies: The Air Traffic Controllers’ Strike: Westport, Conn.: Praeger, 1998: 16-21; Northrup, Herbert R. 'The Rise and Demise of PATCO', Industrial and Labor Relations Review 37, n. 2 (1984): 167-84; Hurd, Richard W., e Jill K. Kriesky. ''The Rise and Demise of PATCO' Reconstructed'. Industrial and Labor Relations Review 40, no. 1 (1986): 115-22; Declaração do Comitê Político da Liga dos Trabalhadores, 'The PATCO Strike: A Warning to the Working Class', Agosto, 1981. Labor Publications, Detroit: 5.

[2] McCartin, Collision Course: 196-197; Nordlund, Willis J. Silent Skies: 82–83.

[3] Nordlund, Silent Skies: 60.

[4] McCartin, Collision Course: 198-199.

[5] Nordlund, Willis J., Silent Skies: The Air Traffic Controllers' Strike: Westport, Conn.: Praeger, 1998: 89-90.

[6] Greenhouse, Steven. The Big Squeeze: Tough Times for the American Worker. 1ª ed., 1ª ed., 1ª ed., 1ª ed., 1ª ed. New York: Alfred A. Knopf, 2008: 81; Galenson, Walter. The American Labor Movement, 1955-1995. Westport, Conn.: Greenwood Press, 1996: 54; Nordlund, Silent Skies: 82–82; 94–95.

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